Consórcio Nordeste manda carta a Bolsonaro repudiando invasão de hospitais e criticando ação da PF contra Governadores.
O Consórcio Nordeste composto por 09 (nove) Estados daquela região, encaminhou carta ao Presidente da República Jair Bolsonaro que no dia de ontem quinta-feira, 11/06 em uma live, sugeriu que os cidadãos entrassem nos hospitais de campanha, para fazer filmagem a fim de mostrar se os leitos estão ocupados ou não. A carta é assinada pelos nove Governadores dos Estados: Rui Costa (Governador da Bahia), Renan Filho (Governador de Alagoas), Camilo Santana (Governador do Ceará), Flávio Dino (Governador do Maranhão), João Azevedo (Governador da Paraíba), Paulo Câmara (Governador de Pernambuco), Wellington Dias (Governador do Piauí) Fátima Bezerra (Governadora do Rio Grande do Norte) e Belivaldo Chagas (Governador de Sergipe).
No início da carta os Governadores dizem que “Não é invadindo hospitais e perseguindo gestores que o Brasil vencerá a pandemia”
Os Governadores destacaram ainda no manifesto, que o Governo Federal adotou o negacionismo como prática permanente, e tem insistido em não reconhecer a grave crise sanitária enfrentada pelo Brasil, mesmo diante dos trágicos números registrados, que colocam o país como o segundo do mundo, com mais de 800 mil casos.
Crítica a ação da PF contra Governadores.
A carta continua com crítica a as ações da PF contra gestores Estaduais. “Após ameaças políticas reiteradas e estranhos anúncios prévios de que haveria operações policiais, intensificaramse as ações espetaculares, inclusive nas casas de governadores, sem haver sequer a prévia oitiva dos investigados e a requisição de documentos. É como se houvesse uma absurda presunção de que todos os processos de compra neste período de pandemia fossem fraudados, e governadores de tudo saberiam, inclusive quanto a produtos que estão em outros países, gerando uma inexistente responsabilidade penal objetiva. Tais operações produzem duas consequências imediatas. A primeira, uma retração nas equipes técnicas, que param todos os processos, o que pode complicar ainda mais o imprescindível combate à pandemia. O segundo, a condenação antecipada de gestores, punidos com espetáculos na porta de suas casas e das sedes dos governos. Destacamos que todas as investigações devem ser feitas, porém com respeito à legalidade e ao bom senso. Por exemplo, como ignorar que a chamada “lei da oferta e da procura” levou a elevação de preços no MUNDO INTEIRO quanto a insumos de saúde?”
Veja a carta na íntegra.